O Centro Diaconal Evangélico Luterano (Cedel) é uma instituição diaconal vinculada à Comunidade Evangélica de Porto Alegre (CEPA) e à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), localizada no bairro Azenha em Porto Alegre (RS). Oferece serviços socioassistenciais voltados à proteção social básica, como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), que acolhe diariamente 128 crianças e adolescentes, de seis a 15 anos, visando seu desenvolvendo integral, por meio de diversas atividades e oficinas.
A Coordenação, por meio de rodas de diálogos, trocas e atualização sobre diversas temáticas, tem realizado processos formativos envolvendo educadoras, educadores, demais funcionárias e funcionários, além de adolescentes que desenvolvem ações de protagonismo e mediação de conflitos nos seus respectivos grupos. A Fundação Luterana de Diaconia (FLD) assessorou três destas atividades. Em 6 de setembro de 2018, a Secretária Executiva da FLD, Cibele Kuss apresentou uma análise de conjuntura. Neste ano, no dia 6 de junho a assessora do Programa de Pequenos Projetos (PPP) da FLD, Julia Rovena Witt, trabalhou o tema Justiça de Gênero. Recentemente, no dia 5 de setembro a assessora programática na área de Justiça Socioambiental da FLD, Juliana Mazurana, e a assessora de projetos da FLD, Dirci Bubantz – que acompanha a iniciativa “Rede de Diaconia” uma rede de organizações diaconais – trabalharam o tema da Justiça Socioambiental.
A atividade do dia 5 de setembro foi aberta pelo vice-pastor Sinodal do Sínodo Rio dos Sinos/IECLB e pastor da Paróquia Matriz de Porto Alegre, Cláudio Kupka, e conduzida pela coordenadora do Cedel, Eloí Peter. As assessoras da FLD trabalharam os conceitos de Justiça Socioambiental e Racismo Ambiental, vinculados com questões colocadas pelo modelo de desenvolvimento capitalista e pela atual conjuntura política do país.
Temas como mudanças climáticas, desastres ambientais, crimes de grandes empresas que violam direitos e reconhecimento de povos e comunidades tradicionais foram abordados de forma dialógica, bem como as queimadas na Amazônia, resultado de várias investidas do atual governo contra a conservação e os direitos socioambientais no Brasil. Adolescentes dos quilombos urbanos de Porto Alegre, Quilombo Fidelix e Quilombo do Areal, Gabriela Nunes Lemos Gravicich, Sarah Krishna Huber Castro e Victória Silva Teixeira, participaram ativamente.
A atividade teve como fechamento reflexões em grupos sobre a relação da temática com o trabalho do Cedel. Uma oficina de compostagem na horta, conduzida pela educadora Barbara Kopczynski Vargas, entendendo também que as ações cotidianas responsáveis são um ato político, encerrou o momento. A horta agroecológica do Cedel é reconhecida como um espaço de grande significado e resistência para quem frequenta o serviço.