Nem tão Doce Lar: empoderamento feminino e outros modelos de masculinidade

Nem tão Doce Lar: empoderamento feminino e outros modelos de masculinidade
18 de dezembro de 2019 fld
In Notícias e Novidades

No mês de novembro, a Fundação Luterana de Diaconia levou a exposição Nem tão Doce Lar para as cidades de Gravatá (PE) e Serra, na região metropolitana de Vitória (ES), no âmbito do Sínodo Espírito Santo a Belém. Assim como a exposição em Gravatá (MG), estas duas edições fizeram parte da Campanha Internacional dos 16+5 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres.

Duas instituições diaconais assumiram todo o trabalho de montagem, organização das oficinas e divulgação: a Associação Luterana Pro Desenvolvimento e Universalização de Direitos Sociais Pro Ludus, em Gravatá, e a Associação Albergue Martim Lutero (AAML), em Vitória. As instituições integram a Rede de Diaconia da IECLB. A realização foi viabilizada por meio de uma parceria entre FLD e Secretaria Geral da IECLB, através da vinculação ao Fundo de Trabalho com Vítimas de Violência Doméstica, constituído a partir do plano de ofertas nacional da igreja.

Em Gravatá, as atividades tiveram início no dia 23, com uma roda de diálogo sobre Masculinidades; no dia 24, foi realizado uma celebração temática na comunidade luterana local; no dia 25 de novembro, ocorreu a oficina de formação de acolhedoras e acolhedores, além de um ato público e intervenções no centro da cidade, alusivas ao Dia internacional de superação da violência contra as mulheres. A exposição Nem tão Doce Lar esteve aberta à visitação no dia 26, com grande número de pessoas visitantes.

A Pro Ludus vinha construindo a proposta desde 2018, pensando em atividades para o fortalecimento de mulheres e o trabalho junto a homens. “Já tínhamos certeza de que a metodologia da Nem tão Doce Lar deveria ser parte do projeto”, afirmou a coordenadora da instituição, Josefa Silva. “Nosso planejamento considerou o empoderamento feminino, mas também a desconstrução da violência junto aos homens, apresentando outros modelos de masculinidades. Foram pensadas várias estratégias para incluí-los no processo de formação, com rodas de diálogo coordenadas por um homem, até o encontro realizado no dia 23, na comunidade da IECLB.”

Josefa conta que houve vários relatos de participantes, sobre a importância dos encontros e a vontade de dar continuidade ao grupo. Vale ressaltar que no dia da exposição da Nem tão Doce Lar, tivemos o apoio de alguns homens que estavam no encontro, ajudando na abordagem para convidar as pessoas a entrarem na exposição”, disse.

Sobre a formação de acolhedoras e acolhedores, o resultado também foi muito positivo. “A avaliação é que deveríamos ter momentos como esse com mais frequência. Tudo o que aprendemos fará diferença na nossa caminhada pessoal e profissional”.

Espírito Santo

A Associação Albergue Martim Lutero organizou as atividades da Nem tão Doce Lar em Vitória, que iniciou com uma formação no dia 28, em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE). A exposição foi montada no dia 29, em Serra, município que concentra o maior número de casos de violência contra mulheres na Grande Vitória. O local escolhido foi a Escola Estadual João Loyola (na foto), que desenvolve um trabalho junto a estudantes sobre o tema da superação das violências, com produção de histórias em quadrinhos, que denunciam situações de violência doméstica, crimes de homofobia, bullying e racismo.

O trabalho de acolhimento envolveu diretamente a equipe do MP, Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres do Município de Serra e Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres.

“Pensamos na escola para que as alunas e os alunos pudessem conhecer a Nem tão Doce Lar”, contou a assistente social do Albergue, Nayara Rodrigues Bernardes. De acordo com ela, o retorno foi muito acima da expectativa. “As e os alunos interagiram, fizeram sugestão de objetos para incluirmos na exposição, como lâminas, facão, cordas, borracha de pneu, entre outros. Mas o mais impressionante foi escutar os relatos de violência que elas e eles já presenciaram ou que sofrem. Nas anotações deixadas no Caderno das Visitas, contaram que muitas vezes não se dão conta de o que vivem é violência, e a exposição provocou o repensar de atitudes e de percepções”.

Para a secretária municipal da Secretaria das Mulheres da Serra, Luciana Malini, a exposição é impactante e pedagógica, mesmo para quem trabalha com o tema. “Fiquei honrada de participar, levando as considerações sobre a desconstrução do machismo, e pela oportunidade de divulgar os serviços ofertados pelo Centro de Referência de Violência doméstica familiar e sexual contra as mulheres na Serra (CRAMVIS). Desejamos sim outras oportunidades de parceria e interação com a Fundação Luterana de Diaconia.”

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