Roda de conversa da Rede de Diaconia discute ações de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

Roda de conversa da Rede de Diaconia discute ações de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes
7 de junho de 2023 zweiarts

Atividade alusiva ao Maio Laranja foi organizada pelo GT de Comunicação da Rede de Diaconia e reuniu instituições diaconais que trabalham com crianças e adolescentes

“Vamos falar sobre combate ao abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes?” Questão que deve ser discutida diariamente, mas que na manhã do dia 30 de maio norteou uma roda de conversa com as instituições da Rede de Diaconia promovida pelo Grupo de Trabalho (GT) de Comunicação da Rede.

Em formato virtual, o encontro, intitulado “Ninguém mexe comigo – Maio Laranja”, foi uma ação voltada à partilha e ao aprendizado conjunto sobre as diferentes estratégias realizadas pelas instituições diaconais que trabalham com crianças e adolescentes, no campo da  prevenção e proteção. O evento contou com a participação de 26 pessoas, com mediação feita pelo coordenador do Programa da Reconciliação em São Paulo (SP), Luiz Alves, e pela coordenadora de projetos na Instituição Beneficente Martim Lutero (IBML) em Belo Horizonte (MG), Mariana Tavares.

A importância do tema e a inquietação que o mesmo provoca motivou diversas partilhas por parte das pessoas participantes. O papel das instituições que têm como público crianças e adolescentes é fundamental no processo de prevenção, denúncia e apoio, uma vez que juntamente com equipamentos públicos de saúde, de assistência social, e de educação, constituem a rede de proteção desse público.

Um dos pontos altos da roda de conversa foi o compartilhamento de informações de relatos e dados sobre os muitos desafios no enfrentamento do abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes em seus respectivos contextos, mas também em âmbito nacional. Contribuíram com seus relatos a coordenadora do Centro Diaconal Evangélico Luterano (CEDEL), unidade da Comunidade Evangélica de Porto Alegre (CEPA), Kelly Leite; o educador social na Associação Diacônica Luterana (ADL) de Afonso Cláudio (ES),  Alex Reblin; e a psicóloga do Centro Social Luterano Cantinho do Girassol de Ceilândia (DF), Vanessa Morais.

Ao longo da roda de conversa, foi ressaltada a responsabilidade individual e coletiva na proteção de crianças e adolescentes, incluindo o dever de denunciar situações de risco vividas por esse público. Conforme Kelly Leite, cada qual deve ter uma postura aberta para observar situações que possam indicar violações de direitos. “Os espaços com escuta especializada para apuração da denúncia não nos isentam do papel que temos nas nossas instituições, que é promover um espaço de proteção e segurança. A criança e/ou adolescente se abrirá em um ambiente seguro, muitas vezes com alguém de nossas instituições. Por isso, é de suma importância estarmos preparadas e preparados”, pontuou.

As falas ainda trouxeram constatações sobre dificuldades encontradas na abordagem dos casos de abuso e/ou exploração, enfatizando a necessidade de que sejam tratados com o devido cuidado e seriedade nas diferentes instâncias envolvidas. “Na rede de proteção os espaços de escuta especializada ainda são precários. Por exemplo, o Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil (CRAI), que é no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas em Porto Alegre (RS), não dá conta. Portanto, o nosso papel é acompanhar e cobrar o andamento do processo”, acrescentou Kelly. Neste contexto, foi destacado o  importante papel dos conselhos tutelares e a necessidade desse espaço ser ocupado por pessoas preparadas e comprometidas com a proteção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

As discussões sobre o tema não ficarão restritas à roda de conversa. Alguns questionamentos sobre a possibilidade de participação de crianças e adolescentes na roda de conversa levou à proposta de planejamento de uma oficina voltada para esse público, a ser organizada nas próximas semanas.

A Rede de Diaconia enquanto coletivo de instituições diaconais, comprometidas com a transformação de realidades de sofrimento e violações, promove momentos de formação, partilha de experiências, debates e planejamento de ações coletivas, abarcando temas diretamente ligados à defesa de direitos.  Por isso, fique atenta, fique atento à programação das atividades ofertadas pela Rede de Diaconia.

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